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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Promotoria de Justiça não crê no suicídio de Ivan Jerônimo

Perita diz ser impossível Ivan ter atirado contra o próprio peito
Fotos: Reprodução TV Bandeirantes
Peritos Criminais também duvidam que o investigador-chefe meteu uma bala no peito

A bala que matou o policial Ivan Jerônimo da Silva partiu de uma arma a 60 ou 70 centímetros de distância do seu corpo.
A constatação lança por terra a tese inicial de suicídio. O Ministério Público do Estado de São Paulo determinou no início desta semana, que a investigação da morte seja aprofundada, ou até refeita. Quando morreu, Ivan Jerônimo estava com 38 anos, era Investigador-Chefe da Seccional de Polícia de Taboão da Serra, e responsável por apurar o maior escândalo da história da cidade, envolvendo servidores públicos, vereadores e homens de confiança do prefeito da época.
Promotor quer apuração rigorosa da morte do policial
A professora de perícia criminal Roselle Soglio não leva a sério o inquérito policial em andamento. Para ela, a distância entre Ivan e o atirador pode ser até maior que 70 centímetros. “Ninguém consegue com o próprio braço fazer esse tiro à distância”, disse a perita ao repórter Sandro Barboza.
Em entrevista ao Jornal da Band na noite da terça-feira, 30 de abril, o promotor José Carlos Consenzo foi taxativo: “Ou houve erros primários [no inquérito] ou então temos que aprofundar muito essas investigações para saber o que está acontecendo. Tem várias questões que ainda precisam ser esclarecidas”.
A apuração do caso agora ficou a cargo do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).

quinta-feira, 15 de março de 2012

Justiça arquiva investigação sobre Wagner Império

Em junho do ano passado o blog publicou que o repórter Wagner Império era investigado pelo Ministério Público para apurar se ele tinha ligação com a organização criminosa que fraudava impostos da Prefeitura de Taboão da Serra.
Na ocasião da postagem Império teve sua defesa reproduzida aqui.
Ontem o repórter Anderson Scardoelli, do site Comunique-se informou que o Ministério Público arquivou o processo contra o jornalista por “falta de provas”.

terça-feira, 13 de março de 2012

Ivan Jerônimo teve sigilo bancário quebrado

Três dias antes de o policial Ivan Jerônimo da Silva cometer suicídio vitimado por depressão profunda, o Diário da Justiça Eletrônico havia publicado a decisão judicial para a sua quebra de sigilo bancário, financeiro e fiscal.
Ex-investigador-chefe da Delegacia Seccional de Polícia de Taboão da Serra, Ivan Jerônimo foi autor do relatório que resultou na prisão de quatro vereadores, três secretários municipais e 16 servidores da Prefeitura local acusados de fraudar a arrecadação de IPTU – outros três permaneceram foragidos até a abertura do julgamento, que está adiado temporariamente.
O policial suicidou-se com um tiro no peito na tarde do dia 8 de março – veja postagem abaixo.
Na decisão publicada no último 5 de março, o magistrado João Morenghi acatou o pedido de quebra de sigilo solicitada pelos identificados pelas siglas “A. E. e P. L. e outros”. Os impetrantes queriam a abertura das contas bancárias e fiscais de vários membros da Seccional de Polícia taboanense. Mas o juiz autorizou somente a devassa nas contas de Ivan Jerônimo e do delegado Erasmo Pedroso Filho, que deixou o cargo de titular da Seccional nesta 2ª-feira.
Leia a íntegra da liminar judicial:

DESPACHO Nº 0027695-12.2012.8.26.0000 - Mandado de Segurança - Taboão da Serra - Impetrante: A. E. e P. L. e outros - Impetrado: M. J. de D. da V. C. de T. da S. - 1. Objetivando, em caráter liminar, “a imediata suspensão dos efeitos concretos das decisões de quebras dos sigilos bancários e fiscais” e, no mérito, “impedir a continuação da força e dos efeitos dessas decisões em relação às impetrantes e determinar o desentranhamento de todos os documentos que, enviados ao juízo a quo pelos destinatários dessas ordens judiciais contrárias a direito”, AJS Empreendimentos e Participações Ltda e Arlete Perfumes Ltda - EPP, por seu representante legal e advogado, Bel. Maurizio Colomba, impetraram o presente mandamus. Alegam, para tanto, por petição assaz longa e prolixa, que a autoridade policial responsável pelo IP nº 175/2010 representou pela quebra do sigilo dos dados bancários, financeiros e fiscais de diversos integrantes da Polícia Civil. Após manifestação concorde do Ministério Público, sobreveio decisão judicial acolhendo a representação somente quanto aos investigados Ivan Jerônimo da Silva e Erasmo Pedroso Filho. O correspondente ofício, contudo, requisitou dados sigilosos de todos os adredemente mencionados, inclusive das impetrantes, empresas cujo quadro social Ivan Jerônimo integra como sócio. Assim, evidente a violação a direito certo e líquido das impetrantes, posto que a quebra de sigilo carece de fundamentação idônea e também porque tal determinação não as abrange, eis que não citadas nela, suscitando ainda a nulidade do procedimento inquisitorial porque iniciado em razão de denúncia anônima. 2. Defere-se parcialmente a liminar. O fato de se iniciar o procedimento em razão de denúncia anônima é matéria atinente ao mérito do mandamus, e será analisado na época própria, carecendo de profunda análise da prova coligida. Não se pode deixar de reconhecer que a quebra de sigilo de empresas em que sócio um dos investigados em inquérito policial seria medida de bom alvitre e absolutamente pertinente à investigação em andamento. Contudo, ao que parece, a d. autoridade apontada como coatora determinou a quebra do sigilo dos dados bancários, financeiros e fiscais apenas dos investigados Ivan Jerônimo da Silva e Erasmo Pedroso Filho, sem indicar as impetrantes. Desta forma, por ora, buscando preservar a intimidade das impetrantes, será concedida a liminar para suspender os efeitos da decisão de quebra de sigilo em relação às impetrantes, apenas para determinar-se o desentranhamento dos autos dos documentos referentes a elas. Expeça-se, pois, o competente ofício. Autue-se e processe-se, notificando-se a autoridade tida como coatora para, no prazo de dez dias, prestar informações, entregando-se-lhe a segunda via da inicial e cópia dos documentos, bem como, para que providencie a intimação do litisconsorte necessário para que integre a lide, com urgência, via fac-símile. Após a vinda das informações, à d. Procuradoria. São Paulo, 28 de fevereiro de 2012. João Morenghi Relator - Magistrado(a) João Morenghi - Advs: Maurizio Colomba (OAB: 94763/SP) - João Mendes - Sala 1400/1402/1404 
FONTE: Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 2ª Instância São Paulo, Ano V – Edição nº. 1136 - Segunda-feira, 5 de Março de 2012, página 614

Carona
Na tarde desta 2ª-feira, o blog recebeu informação anônima que, dias antes de o investigador atentar contra a própria vida, advogados de Ivan Jerônimo teriam procurado o vereador José Valdevan Jesus dos Santos, para que este retirasse uma queixa-crime contra o policial.
A notícia é falsa. A Justiça sequer acatou a queixa quando ela foi apresentada no final do ano passado – veja abaixo: (clique na imagem para ampliar)
Fonte: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ivan Jerônimo comete suicídio

Foto: Allan dos Reis | Taboão em Foco
Investigador-chefe da operação que levou políticos de Taboão da Serra e funcionários da prefeitura local à prisão, o policial Ivan Jerônimo da Silva se matou com um tiro no peito às 16h10 desta 5ª-feira, 8 de março.
O suicídio foi cometido no banheiro da Banca Cidade Jardim, bairro nobre da capital São Paulo. Ele estaria na companhia de outro policial minutos antes do ato.
Ivan Jerônimo estava de licença-médica desde dezembro do ano passado, com quadro de depressão profunda.
Ele foi peça importante na prisão de 26 pessoas acusadas de fraudar IPTU na administração municipal. Seus relatórios policiais causaram grande impacto na imprensa nacional.
Na virada do ano, seu nome foi cogitado para disputar o cargo de prefeito pelo PMDB em outubro próximo.

Correspondência
Em 27 de agosto de 2011, Ivan Jerônimo trocou correspondência por e-mail com o blog bar & lanches taboão:
 “Boa noite, Senhor David da Silva! 
Primeiramente, externamos nossos cumprimentos em virtude do belo trabalho desenvolvido pelo Blog "Bar e Lanches".
Foto: Reprodução
Adquirimos o hábito de consultar o site, pois que, por meio dele temos notícias publicadas de forma imparcial e apolítica. Temos a percepção que o citado Blog,age de maneira independente expondo seus pensamentos sem interferências de empresas ou órgãos públicos que buscam patrocinar alguns meios de comunicação, como meio de amordaçá-los.Entendemos que nem todos possuem a coragem ou ainda, dispõem de estrutura financeira para trabalhar de forma imparcial e justa, aliás temos vários casos de imprensas "poderosas", que ainda assim tomam partido.Mas, também não podemos expressar nosso repúdio aos periódicos que servem de ferramentas para noticiar fatos descabidos e inverídicos, agindo somente com o propósito de dar arrimo a governantes e servidores públicos corruptos, esses jornalistas, se é que podemos chamá-los assim preferem se curvar aos míseros pagamentos de valores, ao invés de adotar posturas para a qual foram formados e preparados. Nesse rol, incluo o periódico "Folha do Pirajussara", que presta a desinformação, ou seja, a informação distorcida e até mesmo totalmente incorreta, descabida e leviana.”
No dia seguinte, 28 de agosto de 2011, em nova mensagem Ivan Jerônimo relatou alguns detalhes da sua biografia:
“Boa noite, Sr. David da Silva! 
Estamos à disposição para fornecer quaisquer esclarecimentos aos munícipes de Taboão da Serra, por meio do blog "bar & lanches taboão", também torço para que a justiça seja feita e além da condenação eles devolvam a Fazenda Municipal o prejuízo causado.Quanto ao episódio ocorrido com o meu pai, eu tinha 5 anos de idade, sou o caçula. Posteriormente, a tragédia novamente se repetiu desta vez com um irmão, que àquela época tinha 21 anos de idade.Minha mãe sofreu muito, pela perda do esposo, mais principalmente em decorrência da perda de um dos filhos.Esses episódios foram os motivos do meu ingresso na polícia, fui criado por uma irmã, que atualmente reside em Boston/EUA, ela era Diretora Financeira de uma Multinacional aqui no Brasil, mas surgiu oportunidade de seguir carreira lá fora, ela tinha isso como um projeto profissional, acabou por se adaptar e adotando esse país como local ideal para viver.Ela queria muito que eu também fosse, mas meus projetos estão aqui, tenho outras atividades fora da polícia. A polícia é minha realização, local onde eu posso contribuir de alguma forma, para evitar ou amenizar os sofrimentos das pessoas, pois que, nas tragédias ocorridas em minha família, em ambos os casos, não houve esclarecimento dos crimes.Devo muito a Taboão da Serra, cidade pela qual tenho muito carinho e respeito.A propósito, em decorrência de trabalhar na Seccional de Taboão da Serra, acabei conhecendo uma Juíza que trabalhava em Itapecerica da Serra, com quem casei e constitui família.Nós esclarecemos um crime também de latrocínio, que vitimou um familiar dela, após alguns meses do esclarecimento, tivemos uma reunião no Fórum de Itapecerica, nesta ocasião tivemos o primeiro contato, acho que foi coisa de destino mesmo.Hoje ela trabalha em São Paulo na Barra Funda, atua na área criminal.Não pretendemos ficar muito tempo na polícia, acho que logo completaremos nosso ciclo, conseguimos realizar parte dos nossos projetos, sentimo-nos realizados mais que profissionalmente, sentimo-nos realizados como homem e ser humano.Por sinal, minha irmã está aqui no Brasil, ela vai embora na terça-feira, infelizmente chegou durante o turbilhão que estamos passando em Taboão da Serra.Ela optou por seguir carreira, ao invés de constituir família, sem dúvida alguma ela o referencial em minha vida.Coisas materiais são importantes, às vezes fundamentais, mas não há nada mais gratificante que o reconhecimento, nesse tempo, demonstramos nossa reverência à alguns profissionais do jornalismo, pois que, muitas vezes os senhores conseguem fazer mais justiças que a própria justiça.”
Em 24 de novembro de 2011, no auge das especulações sobre a candidatura de Ivan Jerônimo a prefeito de Taboão da Serra, o blog recebeu do investigador-chefe o seguinte e-mail:
“Prezado Davi, 
Respondo seu e-mail por respeito ao seu trabalho, que reputo ser imparcial e justo.
Em algum momento terei que me posicionar, quando for o momento oportuno gostaria de conversar pessoalmente contigo.
Mas, uma coisa aprendi, raro é ter um amigo, mais ainda, é ter um amigo "político". De outro lado, sou predestinado pois
tenho dois: Jorge Luis Caruso (pra mim "Jorge") e Dr. Antonio Carlos Caruso, eles me apontarão o caminho certo, com eles
estou desarmado, evidentemente minha família, aqui considero minha irmã "Arlete" que é o referencial em minha vida. Faz
quatro dias que não durmo, neste momento estou chorando, o motivo principal é revolta, principalmente pessoas que eu já
"respeitei", mas tenho informações que podem estar usando meu nome, seja na condição de vice-prefeito, apoio ou amigo,
afirmo e reafirmo, essas pessoas não estão autorizadas a usar meu nome.”
No dia seguinte, 25 de novembro de 2011, Ivan Jerônimo já antecipava que não iria se envolver na política taboanense:
“Boa noite, Sr. David! 
A referênica em minha vida é minha irmã/mãe, ela sente que seu coração não deseja isso pra mim.Todos são iguais, ou melhor, tem alguns piores, prefiro liberá-los sem discursos inflamatórios, não irei consertar o mundo.”

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cleptocratas levam mais duas surras do Judiciário

Funcionários da prefeitura flagrados em fraude contra a arrecadação de IPTU, continuam sem poder assumir funções públicas até a sentença final do juiz.
A decisão foi tomada nos últimos dias pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Já os vereadores presos acusados de integrar a Organização Criminosa que deu rombo milionário na Prefeitura de Taboão da Serra, também continuam sem o direito de voltar aos seus cargos.
O Superior Tribunal de Justiça bateu o martelo no último dia 6 de fevereiro, e recusou o pedido dos parlamentares que queriam reocupar seus gabinetes.
As informações são da jornalista Sandra Pereira, do Jornal na Net. Leia aqui e aqui.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vereadores custaram mais de R$ 37 milhões em três anos

ATUALIZAÇÃO:  Conforme o previsto, estão suspensas as audiências do julgamento dos Cleptocratas. Informações de Karen Santiago no Jornal na Net, e Eduardo Toledo no O Taboanense

Quatro políticos voltam hoje ao banco dos réus. Falta de Laudo Contábil pode travar as audiências

A Câmara de Vereadores de Taboão da Serra gastou até outubro passado mais de R$ 37 milhões neste mandato que cumpre o seu último ano em 2012.
De janeiro de 2009 a outubro de 2011, as despesas da Câmara consumiram R$ 37.503.461,74.
Ainda não estão disponíveis no site do Tribunal de Contas do Estado os gastos legislativos de novembro e dezembro últimos.
Este é tido como o mandato mais escandaloso de toda a história da cidade.
Vários vereadores e ex-vereadores não podem se candidatar à eleição deste ano. Estão com a “ficha suja” por participação abusiva em congressos por vários pontos turísticos do Brasil e do Exterior.
Além das falcatruas com a arrecadação municipal (leia abaixo) há investigação do Ministério Público sobre nepotismo e contratação irregular de funcionário.
Também correm processos na Justiça Eleitoral, devido ao troca-troca de partidos que alguns vereadores cometeram para obter vantagens pessoais.

No banco dos réus
Logo mais a partir das 9h30, voltarão a sentar-se no banco dos réus no Fórum de Taboão da Serra os vereadores Arnaldo Clemente dos Santos, vulgo Arnaldinho, Carlos Andrade, José Luiz Eloi e Natalino José Soares, vulgo Natal.
Os quatro são acusados de integrar a Organização Criminosa que causou um rombo milionário nos cofres da Prefeitura com roubo de IPTU e outros tributos. Eles tiveram de pagar fiança para sair da cadeia. Aguardam a sentença final em liberdade condicional.
As audiências de instrução do processo judicial podem sofrer novo adiamento. Ainda não está concluído o Laudo Contábil, elaborado pela perícia técnica policial, que está levantando os lançamentos de IPTU dos últimos 10 anos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cleptocratas podem viajar 200 km fora da Comarca

Vereador preso por rombo no IPTU
Juiz substituto concede liberdade para réus se ausentarem de Taboão da Serra

Os 26 acusados de fraudar IPTU da Prefeitura de Taboão da Serra estavam impedidos de circular fora dos limites do município.
A decisão havia sido dada pela 15ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que exigiu a fiança de R$ 27.250,00 para os cleptocratas deixarem a cadeia.
Além de proibidos de sair da cidade onde moram, os acusados ficaram obrigados a voltar para suas casas até as 19 horas.

Restrição dilatada
Na última 2ª-feira dia 16 de janeiro, o juiz substituto Cláudio Campos da Silva deu permissão a todos os réus para circular livremente em um raio de 200 quilômetros de distância de Taboão da Serra.
Vários deles tentaram anteriormente uma liberdade condicional mais ampla, mas seus pedidos foram negados pela juíza Flávia Castellar Olivério. Com a saída da magistrada do Fórum local, sua vaga foi preenchida pelo juiz que atendeu a solicitação dos acusados de dar desfalque milionário nos cofres públicos municipais.
Os acusados podem ficar fora do município por até sete dias, e não dependem mais de autorização da Justiça para trafegar por onde quiserem. O recolhimento noturno foi mantido para o local onde os réus estiverem viajando.
A alegação do juiz é que “não foram estipulados [pelo Tribunal de Justiça] critérios para referidas saídas da Comarca [de Taboão da Serra].


A informação foi fornecida ao blog pelo advogado João dos Santos Melo, ex-Ouvidor Geral do Município de Taboão da Serra.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Novo juiz devolve documentos a “cleptocratas”

Audiências recomeçam na próxima 2ª-feira dia 23 de janeiro

Envolvidos no escândalo do IPTU na Prefeitura de Taboão da Serra receberam de volta documentos e objetos pessoais confiscados quando foram presos pela Operação Cleptocracia (governo de ladrões). A decisão foi tomada na última 2ª-feira, 16 de janeiro, pelo juiz Cláudio Campos da Silva, da Vara Criminal do município. Ele substitui a juíza Flávia Castellar Olivério, que decretou a prisão dos “cleptocratas” e a apreensão de coisas pertencentes a eles. As detenções aconteceram nos meses de março, maio e junho.
Os réus, que estão em liberdade provisória, já tinham pedido a devolução de determinados itens à Justiça. Mas foi negado. Alguns notebooks e CPUs foram devolvidos aos acusados em setembro do ano passado, com a advertência judicial para não alterarem os equipamentos.
Atualmente a juíza Flávia Olivério está no Fórum de Santana, bairro da Capital de São Paulo para onde foi promovida.
Ao devolver alguns pertences aos acusados, o juiz substituto acatou a opinião do Ministério Público, que considera o material restituído sem importância para apuração de culpa, nem servem como prova dos crimes que teriam praticado.
As audiências para instrução do julgamento serão retomadas às 9h30 da próxima 2ª-feira 23 de janeiro, e prosseguem pelos dias 24 e 25 próximos.
Despacho da juíza Flávia Castellar Olivério marcando a retomada das audiências
Sem licença para festejar
Desde quando pagaram fiança para sair da cadeia, os acusados têm feito petições curiosas. Algumas até engraçadas.
Maruzan Corado preso - Foto: Reprodução | Jornal na Net
O réu Maruzan Corado Oliveira, ex-secretário municipal de Finanças e de Planejamento, pediu autorização para circular pelos municípios da Grande São Paulo para tratar de assuntos particulares. A juíza Mariana Dalla Bernardina manteve a ordem que proibia Maruzan de sair da Comarca (a restrição foi dilatada; assunto para postagem posterior). Ele também pediu a devolução do seu carro importado Toyota Hilux, placas EBA-5486, mas a Justiça negou. A investigação policial apura se o veículo foi comprado com dinheiro de origem criminosa.
A Justiça ainda se negou a restituir outros veículos que teriam sido comprados para lavagem de dinheiro do vereador Arnaldinho (Hyundai placas ETQ-2997) e do comerciante Clomar Zottis (Citröen placas DTS-4151, Toyota Corolla placas EFC-3917, e Peugeot placas ELX-7406).
A ré Alekssandra Valentim da Silva pediu à juíza licença para freqüentar curso profissionalizante fora de Taboão da Serra, mas foi obrigada a manter-se nas regras de presa em liberdade condicional.
O acusado Edgard dos Santos Damiani (ex-secretário de Desenvolvimento) pediu autorização judicial para freqüentar festas de aniversário no período da noite. A juíza não bateu palmas nem deu parabéns ao pedido.
Todos os 26 acusados são obrigados a se recolher às suas casas às 19 horas.
Trecho do despacho judicial na citação dos presos:
"Os cidadãos de bem aguardam hoje uma resposta do Poder Judiciário.
Os contribuintes de Taboão da Serra precisam saber que todo o possível será feito para que o erário seja ressarcido, e que os culpados serão responsabilizados.  Clama a pessoa de bem, cumpridora de seus deveres, pagadora de seus impostos (que na maioria das vezes o fazem superando inúmeras dificuldades, diante da precariedade econômica da maior parte de nossa população) por uma resposta, uma mensagem, o dinheiro público deve ser respeitado.  Imenso o clamor público diante do ocorrido, sendo intenso o sentimento de revolta social, diante da precariedade encontrada pela população quando esta busca os instrumentos públicos (saúde, educação, lazer, infra-estrutura, etc), e tendo em vista também quem são os envolvidos, quais sejam aqueles de quem se esperava exatamente o contrário.  Esperava-se, que como “servidores públicos”, não visassem à satisfação pessoal, mas sim, atuar para conduzir Taboão da Serra para um futuro melhor."
Juíza Flávia Castellar Olivério, em 15.jun.2011 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Construtora suspeita ganha outra obra em Taboão da Serra

Empresa é acusada de patrocinar advogado de defesa para secretários de Evilásio presos na Operação Cleptocracia


Córrego Poá: R$ 70 milhões na canalização - Foto: Luciana Bonadio
A Prefeitura de Taboão da Serra aprovou na última 6ª-feira, dia 6 de janeiro, a contratação da Construtora Etama na canalização do Córrego Poá. O valor do contrato é de cerca de R$ 70 milhões.
A empreiteira é alvo de investigação policial, acusada de repassar verbas públicas para pagar o advogado de defesa de secretários do prefeito Evilásio Farias e vereadores ligados a ele, presos pela Operação Cleptocracia por causarem rombo na arrecadação de IPTU e outros tributos.
Para canalizar o Córrego Poá entre o Parque Laguna até a foz do Córrego Pirajuçara (ao lado do piscinão na entrada da cidade) a Etama vai faturar R$ 69.402.111,44 (sessenta e nove milhões, quatrocentos e dois mil, cento e onze reais e quarenta e quatro centavos). 

Canteiros de escândalos
A Etama já firmou contratos milionários anteriores com o governo de Evilásio Farias. Tem canteiros de obras em outras canalizações de córregos na cidade.
Por essa conexão com a construtora, o prefeito teria repassado dinheiro público para o advogado tirar da cadeia Maruzan Corado (secretário de Planejamento), Antonio Valadão (Finanças), Edgard Damiani (ex-Desenvolvimento), e três vereadores evilasistas: Eloy, Arnaldinho e Carlos Andrade com sua esposa Cláudia Pereira dos Santos.
Evilásio fechou contrato com o advogado dentro do restaurante Figueira Rubaiyat, um dos mais caros de São Paulo. O jantar de negócios foi no dia 30 de junho de 2011.
No mês seguinte ao encontro, foram liberadas quantias significativas em favor da Construtora Etama. 
Somente no mês de julho de 2011 a Etama recebeu da Prefeitura mais de R$ 8 milhões (quadro abaixo).
O empresário Evandro Corado Oliveira, irmão do ex-secretário Maruzan, é apontado como elo da ligação Evilásio-Etama no repasse dos R$ 700 mil exigidos pelo advogado.
O escândalo foi denunciado na época aqui
Pagamentos da Prefeitura de Taboão da Serra para Construtora Etama Ltda. - Julho de 2011 
Fonte: Tribunal de Contas do Estado de SP

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ex-juíza de Taboão da Serra é designada para novo Fórum

O novo local de trabalho da juíza Flávia Castellar Olivério
A juíza Flávia Castellar Olivério, que dirigia a Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra, foi novamente designada para um Fórum da Capital de São Paulo.
Doutora Flávia estava nomeada como juíza auxiliar da 20ª Vara Criminal no Fórum da Barra Funda, bairro da zona oeste paulistana. A designação iria até o próximo dia 4 de dezembro.
Mas, a partir de hoje a magistrada vai atuar na 3ª Vara Criminal do Fórum Regional de Santana, bairro da zona norte da Capital/SP. O prazo vai até 20 de dezembro deste ano.
A juíza não volta mais para Taboão da Serra, segundo comentários nos corredores do Fórum local.

Repercussão
Enquanto respondeu pela Vara Criminal taboanense, a juíza decretou a prisão de 26 pessoas acusadas de fraudar impostos da Prefeitura local. Entre os réus presos acusados pela Operação Cleptocracia (em grego “governo de ladrões”) estão três ex-secretários municipais do prefeito Evilásio, quatro vereadores que dão apoio político ao prefeito, e funcionários que ocupavam cargos importantes e de confiança da administração evilasista.
O julgamento teve início em 24 de agosto passado. Mas as audiências foram suspensas a pedido de advogados de defesa dos cleptocratas. Elas serão retomadas nos dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2012.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Juíza de Taboão da Serra é designada para fórum da Capital

A doutora Flávia Castellar Olivério, do Fórum de Taboão da Serra, foi designada para auxiliar, na 20ª Vara Criminal no Fórum da Barra Funda.
O período da designação vai de 21.nov.2011 a 04.dez.2011.
A informação foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico na última 6ª-feira, dia 28 de outubro.
No meio forense, especula-se que a juíza Flávia Castellar Olivério não estará mais em Taboão da Serra quando reiniciar o julgamento da organização criminosa que fraudou IPTU e outros tributos da Prefeitura local. As audiências serão retomadas nos dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2012.
A juíza Flávia Castellar Olivério decretou a prisão de dezenas de pessoas investigadas pela Operação Cleptocracia (“governo de ladrões”) que apura crimes cometidos dentro da Prefeitura de Taboão da Serra. Entre as 26 pessoas presas, estavam quatro vereadores e três secretários do prefeito Evilásio Farias. Todos estão em liberdade condicional após pagar fianças de R$ 27 mil cada um.
A magistrada também expediu cerca de 100 mandados de buscas e apreensões nas casas e locais de trabalho dos cleptocratas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Cleptocratas levam outra surra da Justiça

Luis Antonio de Lima, 52 anos, ex-secretário de Administração da Prefeitura de Taboão da Serra, teve seu pedido de habeas corpus recusado na tarde de hoje pela 15ª Turma do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O ex “homem forte” do prefeito Evilásio Farias ficou preso entre 6 de junho a 29 de julho deste ano acusado de integrar a Organização Criminosa que fraudou IPTU e outros tributos no governo evilasista. Ele também é acusado de enriquecimento ilícito pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Luis Antonio: a queda do príncipe-herdeiro
Foto: Edu Toledo - 11.abr.2011
Luis Antonio estava sendo preparado por Evilásio para disputar a sucessão na prefeitura taboanense. Semanas antes de ir para a cadeia, ele circulava pelas escolas municipais distribuindo uniformes para as crianças.
O pedido de habeas corpus de Luis Antonio de Lima deveria ter sido julgado na 5ª-feira passada. Mas foi adiado para hoje, a pedido do advogado de defesa Alberto Zacharias Toron. Ele é um dos defensores mais caros do Brasil. Já atuou para criminosos renomados como o juiz Lalau, o médico tarado Abdel Massih, o mafioso russo Boris Berezovski, entre outros.

Por culpa de outro
A alegação do advogado de defesa Alberto Toron é que Luis Antonio de Lima teria cometido peculato (crime de servidor público) induzido por erro de outra pessoa – no caso o prefeito Evilásio, seu então chefe.
A tese não prosperou, e a solicitação de liberdade foi rejeitada por unanimidade.
Caso tivesse êxito, Luis Antonio não estaria mais obrigado a “se recolher com as galinhas” (trancar-se em casa após as 18h), poderia voltar a ocupar cargo público, se ausentar da Comarca sem autorização judicial, etc.
Esta nova derrota de Luis Antonio também atinge seus ex-colegas secretários municipais Antonio Valadão (Finanças), Maruzan Corado (Planejamento) e Edgard Damiani (Desenvolvimento Econômico).
Também ficam fora da vida pública os vereadores presos Elói, Arnaldinho, Carlos Andrade e Natal. Eles permanecem no regime de liberdade condicional. Se colocarem os pés numa sessão da Câmara, que começa depois das 18h, serão imediatamente reconduzidos ao cárcere.
O julgamento de toda a quadrilha será a partir de 24 de janeiro de 2012.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Julgamento adiado

Ficou adiado para a próxima quinta-feira, 27 de outubro, o julgamento do mérito do pedido de habeas corpus para Luis Antonio de Lima, ex-secretário de Administração da Prefeitura de Taboão da Serra.
A audiência está agendada para as 13 horas pela mesma 15ª Turma do Tribunal de Justiça que avaliaria o processo hoje.
O adiamento foi feito a pedido de Alberto Zacharias Toron, advogado de defesa do ex-secretário.
Atualmente Luis Antonio de Lima está em liberdade condicional. Não pode ausentar-se da Comarca sem autorização judicial, e tem de se recolher à sua residência após as 18 horas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Defesa de secretário insinua culpa do prefeito

Luis Antonio indo para a prisão.
Foto: Reprodução – 06.jun.2011
Será julgado amanhã, 5ª-feira 20 de outubro, a partir das 13h, pela 15ª Turma do Tribunal de Justiça de São Paulo, o mérito do pedido de habeas corpus do ex-secretário municipal de Administração Luis Antonio de Lima. Ele era o “homem-forte” da gestão Evilásio Farias na Prefeitura de Taboão da Serra.
Luis Antonio esteve preso no período de 6 de junho a 29 de julho deste ano, acusado de fraudes na administração pública. Evilásio exonerou seu secretário 24 horas depois da prisão.
A defesa do ex-secretário quer que todo o processo seja anulado, e recomece “do zero”, sob a alegação que Luis Antonio estaria sendo acusado “por crime cometido por outrem”, isto é, o próprio prefeito Evilásio a quem o réu era subordinado.
A prisão de Luis Antonio se deu no auge da Operação Cleptocracia, da Seccional de Polícia de Taboão da Serra, que investiga fraudes na arrecadação do IPTU, multas de trânsito, crime fiscal na Secretaria da Cultura, e formação de quadrilha na Secretaria de Comunicação.
Luis Antonio de Lima chegou a ser cotado como candidato à sucessão do prefeito Evilásio.
Alberto Zacharias Toron, defensor de Luis Antonio, também foi advogado de defesa do ex-juiz Lalau (Nicolau dos Santos Neto), do mafioso russo Boris Berezovsky e outros. É um dos criminalistas mais bem pagos do Brasil.

Trecho do pedido de habeas corpus para Luis Antonio:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Manifestantes voltarão às ruas contra a corrupção

Evilásio e os vereadores-fantoche. Fotocharge de Daniel Paschoa
Novo ato público será na 5ª-feira, 13 de outubro, às 14 horas no Largo do Taboão

Leia abaixo a nota do Comitê de Luta Contra a Corrupção em Taboão da Serra

"Roubo na Prefeitura chega a 8 milhões
A afirmação é de ninguém mais, ninguém menos, que o próprio prefeito Dr. Evilásio Cavalcante Farias. O mesmo que se dizia perseguido por tudo e por todos: Polícia, Justiça, Ministério Público, imprensa e por seus opositores. Agora diz que tem mais informações e detalhes sobre o roubo dos cofres públicos que a própria Polícia.
A declaração foi feita no último dia 25 de setembro, durante a Convenção Municipal do PSB a todos os veículos de imprensa do município.
No entanto, Evilásio não diz quem são os líderes da quadrilha instalada na prefeitura e nem fornece dados de como foi possível a sangria de 8 milhões dos cofres públicos municipais.
Foto: Rodrigo Martins
A pergunta que não quer calar é: se ele tinha tantas informações, por que não as repassou à Polícia Civil? Ao invés disso, Evilásio adotou o discurso de que estava sendo perseguido por "forças ocultas” com o único objetivo de derrubá-lo.
Mais que isso, foi um defensor ardoroso de todos os presos e, inclusive, intermediou o pagamento de advogados para impetrar Habeas Corpus com a finalidade de tirar da cadeia seus secretários e vereadores, De acordo com a Folha de São Paulo, o pagamento seria feito pela empreiteira Etama.
O presidente do partido e ex-secretário de Finanças, Maruzan Corado, que esteve preso por seu envolvimento na fraude do IPTU, presidiu a convenção do partido como se nada tivesse acontecido em Taboão da Serra nos últimos meses.
É muita cara-de-pau

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Secretário de Comunicação é indiciado pela Polícia Civil

Mário de Freitas - Foto: Edu Toledo
O jornalista Mário de Freitas, 47 anos, secretário de Comunicação da Prefeitura de Taboão da Serra foi indiciado pela Polícia Civil sob a suspeita de formação de quadrilha e fraude em licitações.
No cargo desde 1º de junho de 2010, Freitas é investigado pela Delegacia Seccional da cidade sob suspeita de fraudar uma licitação para favorecer uma agência de publicidade. Mário de Freitas trabalhava para esta agência que prestava serviço à Prefeitura taboanense, e coincidentemente saiu da agência para assumir a Secretaria de Comunicação.
As suspeitas da Polícia Civil contra Freitas fazem parte do inquérito policial nº 49/11, da Delegacia Seccional de Taboão da Serra.
O mesmo inquérito também envolve o jornalista Wagner Império. Ele ainda não foi ouvido pela polícia. Wagner era um dos mais antigos jornalistas do "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, e foi demitido assim que a polícia passou a suspeitar dele.
Os dois jornalistas negam envolvimento nas falcatruas apuradas na Prefeitura de Taboão da Serra.
A Delegacia Seccional instaurou 20 inquéritos policiais para investigar irregularidades na gestão de Evilásio Cavalcante Farias, do PSB.

Com informações da Folha de São Paulo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vice-prefeita chefiou desfalques na Cultura

Relatório policial aponta que Márcia Regina da Silva se aproveitou do período em que foi prefeita interina de Taboão da Serra, para renovar esquema com ONGs e a Secretaria Municipal da Cultura. As fraudes envolveram pagamentos irregulares e utilização de notas-fiscais “frias”. A organização criminosa chefiada pela vice-prefeita, segundo a Polícia, deu desfalques em torno de R$ 2 milhões.

Mais detalhes a seguir.