Enquanto você dá esta passadinha aqui pelo nosso boteco imaginário, o couro está comendo no Supremo Tribunal Federal. O Procurador-Geral da República, Antonio Fernando Souza reforçou sua denúncia que José Dirceu (principal articulador de Lula, com quem garante manter contatos constantes) é chefe da quadrilha montada no PT para assaltar os cofres públicos federais.
Já o advogado José Luiz de Oliveira Lima, que defende Zé Dirceu, e primeiro homem da defesa dos mensaleiros a falar no julgamento, foi teatral: "[A acusação] é um panfleto partidário", iniciou, olhando na direção do procurador-geral da República. "A peça de acusação foi seduzida pelos holofotes da mídia. A defesa tem de ser técnica. Peço aos ministros que o direito de defesa seja assegurado. [O que há é uma] peça de ficção."
Pois é. Outro dia um amigo me enviou um texto da filósofa Marilena Chauí, onde a decana mestra diz (veja você!) a mesmíssima coisa: que o mensalão é uma invenção.
E que a crise aérea foi tramada pela imprensa...
Um comentário:
Será que a não inclusão do senador tucano Eduardo Azeredo (PSDB/MG, ex-presidente nacional de seu partido) no rol dos 40 denunciados pela Procuradoria Geral da República é um problema jurídico de falta de conexão entre os crimes ou não passa de um recurso para evocar a famigerada figura de Ali-Babá? Segue abaixo trecho da denúncia, feita em apartado, contra o prócer tucano:
"Em conclusão, pode-se afirmar que o esquema embrião do que atualmente é chamado de “Mensalão” destinou-se ao financiamento da campanha política do candidato ao Governo do Estado de Minas Gerais Eduardo Azeredo, encontrando-se, como já foi afirmado, sob apuração no inquérito 2280, que também tramita perante essa Corte. Do financiamento de campanha com a utilização de recursos não contabilizados e também de origem não declarada que se iniciou na candidatura do atual Senador Eduardo Azeredo ao Governo de Minas Gerais em 1998, Marcos Valério e seu grupo evoluíram, a partir do início de 2003, em conluio com José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, Sílvio Pereira e outros, para a compra de apoio político de parlamentares."
(Página 15 da denúncia do Procurador Geral da República, a ser apreciada amanhã, pelo STF)
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