quinta-feira, 13 de março de 2008

Musas do bar em cores, luzes, sombras

O pintor argentino Fabian Perez capta das deusas do botequim a atmosfera de sensualidade e desejos proibidos





































Fabian Perez nasceu no dia 2 de novembro de 1967 na cidade de Campana, a cerca de 80km de Buenos Aires, Argentina.
Com apenas 9 anos de idade, começou a pintar retratos surpreendentemente maduros de seus familiares e amigos. Sua mãe era artística e imaginativa. Seu pai foi uma figura fascinante - conhecido tanto pelo povo da cidade, como pelas autoridades policiais. Vivia metido em negócios clandestinos, operando em boates e outros recantos escuros.
As atividades ilegais do pai expuseram o pequeno Fabian a um elenco interessante de homens e mulheres que se movimentavam no limite. O fascínio pelas musas da noite foi fulminante. “Elas podem seduzir um homem com um simples gesto, como acender um cigarro”, diz o artista, que desenvolve sua obra numa atmosfera marginal-glamorosa, cheia de sensualidade e desejos proibidos.
Na idade de 16 anos Fabian Perez perdeu sua mãe. Três anos mais tarde, perdeu também o pai. Sua busca por uma âncora em sua vida, o levou para o exercício de auto-conhecimento através das artes marciais. No seu mestre de karate encontrou sua segunda grande influência. O rapaz desenvolveu excepcional habilidade sobre o tatame. E a disciplina desta luta oriental mudou seu modo de ser, até então dominado pela paixão e pelo instinto. Fabian sentiu o peso da responsabilidade sobre seu próprio futuro.
Aos 22 anos, decidiu deixar a Argentina. Passou 7 anos na Itália, onde sua pintura tomou um percurso ascendente. Foi também onde se inspirou para escrever seu livro Reflexões de um Sonho, mais tarde publicado nos Estados Unidos. Da Itália o pintor seguiu para uma temporada de um ano no Japão. Em 2001 instalou-se em Los Angeles (EUA). Nesta cidade conseguiu sua primeira exposição importante, teve seu trabalho vendido rapidamente, e ganhou aclamação de público e crítica.
Embora admire várias escolas de arte, incluindo os impressionistas, não gosta de ver sua obra rotulada; sente que isto limita o trabalho. Prefere definir sua pintura como Emocionalismo. Seu material de trabalho preferido é a pintura acrílica.
Imprime em suas telas uma alta carga de energia e arrebatamento. Cada quadro seu torna-se um roteiro com múltiplas possibilidades de percepção. Cabe ao espectador decidir por qual caminho deseja conduzir esta experiência.

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