Essa molecada já havia demonstrado um absoluto amor ao próximo, em 2003. Na época, o coral recebeu a doação de mais de 100 toneladas de alimentos. Montaram o Empório Solidário, que funcionou como um supermercado onde se abasteceram os quase 40 mil moradores do lugar. Durante dois anos, 180 famílias paupérrimas comeram dalí.
A cidadania que brota das ações destas crianças, é fruto do trabalho do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, uma organização não governamental de Araçuaí. Este organismo atua na formação social das crianças por meio da música, literatura, teatro e artes plásticas.
... e as putas chegaram!

Araçuaí foi elevada à condição de cidade em 1871 – mesma época da ambientação do filme citado! Explico, agora, a paráfrase do sub-título.
Por volta de 1830/1840, o padre Carlos Pereira de Moura criou a Aldeia do Pontal, no encontro do Rio Araçuaí com o Jequitinhonha. O lugarejo era um forte porto de canoas que abasteciam aqueles Sertões de mercadorias vindas da Bahia. E... onde há canoeiros... tem butecos, muita cachaça, muita farra e... mulher!!! Padre Carlos enfureceu-se com as meretrizes e expulsou-as da aldeia. Desorientadas, as putas perambularam pelas margens do Rio Araçuaí acima. Passando pela Fazenda Boa Vista, encontraram abrigo no coração da proprietária Luciana Teixeira. Na verdade, dona Luciana não botou as vadias pra dentro só por piedade. Ela queria mesmo lotear aquelas terras. E as meninas de vida-nada-fácil poderiam ser o chamariz que a fazendeira precisava.
Não deu outra. Os canoeiros farejaram o rumo das raparigas. Deixaram o padre sozinho lá com o seu porto, e passaram a ancorar suas embarcações nas barras das saias daquelas santas mundanas. Assim nasceu Araçuaí (em tupi, rio da arara grande).
O Coral Meninos de Araçuaí já deu concertos por todo o Brasil, e conquistou o público no Thèátre dês Champs-Elysées em 2005, quando lançou seu DVD com participação especial de Milton Nascimento.
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