Eu já estava no segundo copo de samba, na Padaria Varandas, por volta das 12h de ontem, quando estaciona ao meu lado no balcão o advogado Khaled. Vinha risonho, com cara de garotão que acabou de aprontar uma das boas. Cercado por uma multidão de dois correligionários.
Khaled (pretenso prefeiturável do PDT) armou um salseiro no encontro que o vereador “tucano” Paulo Felix convocou naquele domingão sonso e garoento. Organizado por assessores diretos do prefeito Evilásio (PSB) o factóide político serviu pra Felix dizer que o PSDB ameaça assinar seu atestado de óbito político, negando-lhe legenda pra reeleição. Felix estava já com os dois pés (e dizem os malditos, os bolsos) dentro do PTB, quando a Justiça Eleitoral cortou-lhe as asinhas. Voltou com as penas murchas pro ninho, mas deixou a esposa com o carimbo de new-petebista, legenda hoje a serviço de Evilásio. Agora, o veterano vereador vive um casamento político forçado com o ex-prefeito Fernando Fernandes, presidente do PSDB local. E pratica adultério eleitoral com o atual inquilino do gabinete de prefeito.
Mas estas tramas e tramóias políticas, despertaram pouco interesse nos biriteiros de plantão naquela hora. Khaled repetia (a pedidos, mas também por livre e espontânea...) trechos do seu discurso desaforado no festim de Felix. E saiu da padóca exultantante com sua presepada.
Khaled provou um bocadinho de notoriedade nacional há exatamente um ano. Ele é advogado de defesa de um bando de punks acusados de assassinarem o garçon John Clayton Moreira Batista (foto) na região dos Jardins, em 22 de junho de 2007.
Mas no cenário político local, o advogado ainda terá de aprontar outras e muitas, pra aparecer. Candidato a vereador na última eleição municipal, Khaled teve 512 votos.
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