sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Na veia

De todas as babações de ovos acerca da assunção fortuita do vereador Marco Porta a uma cadeira vazia de deputado estadual, o único a tocar no ponto central foi o blog do repórter Márcio Cansian (à direita, fotografado por Edu Toledo). Lógico que esse meu amigo é bom de foco, haja vista que iniciou no jornalismo por trás das lentes de câmeras filmadoras e fotográficas.
Mas vamos, de vez, à jugular deste dublê de deputado. Diante da pergunta objetiva de Cansian (planos concretos para Taboão da Serra e adjacências) o vereador Marco escapou pela brecha da porta: “Não temos projetos [para a região]; temos idéias”.

Quer dizer: o cidadão vai chegar lá na Assembléia Legislativa de mãos abanando, sem nenhuma programação legislativa traçada para o sudoeste da Grande São Paulo. Falar que tem “idéias” não o salva: podem ser idéias vagas, ou
idéias de jerico! Feito aquela que ele apresentou na Câmara Municipal em 2005, de querer descer a marreta na estátua do Morro do Cristo, e em todos os símbolos religiosos em patrimônios públicos de Taboão da Serra. Diante do empurra-empurra gerado na cidade, Marco Porta amarelou, e deixou o projeto se escafeder pela fresta da sacristia.
Márcio Cansian deve ser empossado confessor-titular da imprensa local: arrancou revelações fabulosas do pastor. O entrevistado admitiu que sua candidatura a deputado em 2006 não foi por convicção íntima: “A idéia foi do Evilásio”, confessou. Significa que disputou vaga na Assembléia estadual para tirar votos de Analice Fernandes. Evilásio fez com Analice o mesmo que ela e seu marido fizeram com ele em 2002 - entupiram a cidade de concorrentes do adversário político.

Pra arrematar, o par(a)lamentar põe pra fora toda sua falsa modéstia: “Nossa pretensão é (...) se tornar
(sic!!!) uma liderança.” Nos tempos (já vão loooonge...) que eu ia na escolinha dominical, me falavam que “pretensão” é o apelido enganoso da vaidade.

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