terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma obra no seu sentido escatológico

O muro de contenção do Córrego Pirajuçara, na altura do Parque Marabá, está na base do “cai-mas-não-cai”.
Escorar margens de córregos com muro de gabião (gaiolas de aço recheadas com pedras) é medida paliativa.
Quando se trata de trecho com grande exposição ao público, prefeitos usam canais de concreto armado, devido ao seu alto impacto eleitoral. Assim foi com Fernando Fernandes no Córrego Joaquim Cachoeira, na altura do Jd Mituzi. Assim foi com Evilásio Farias no Córrego Ponte Alta, na altura do Jd Maria Helena.
Os muros de gabião não resistem muito tempo: cedem devido à escavação de suas bases pela corrente de água dos córregos. E impedem que máquinas se aproximem da margem do riacho para fazer sua limpeza.
As chuvas de janeiro, fevereiro, vêm aí. Até que as águas de março “fechem o verão”, é bom o atual inquilino da Prefeitura arrumar o mal-feito.
O verbo obrar tanto significa “converter em obra, executar” como também guarda o sentido íntimo de “defecar, evacuar”. O prefeito e seus engenheiros literalmente fizeram merda nas margens do Córrego Pirajuçara. As pedras do muro de gabião estão se precipitando para o leito do córrego.

Grande bloco de muro desabado jogado no leito do córrego, impedindo o livre fluxo das águas

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