“Se eu fosse um bicho,
gostaria de ser uma girafa,
pois o pescoço comprido
prolongaria o prazer de sentir a bebida
rolando garganta abaixo”
Vinícius de Moraes
gostaria de ser uma girafa,
pois o pescoço comprido
prolongaria o prazer de sentir a bebida
rolando garganta abaixo”
Vinícius de Moraes
Tem um boboca que vez ou outra me manda e-mails desaforados. Certamente é um dos cambonos do alcaide. Só que o infeliz não serve pra ser embaixador em missão de esculacho. Nas suas sempre mal traçadas linhas, o sicário municipal só me xinga de “drogado e bêbado”. Ele só acertou 50% da definição. E como somente metade dos pontos não aprova ninguém, ele será sempre “um estrangeiro nas fronteiras deste bar” como diz o célebre tango.
Em homenagem aos meus colegas de copo e de cruz, findo esta 6ª-feira brindando-lhes com uma do Baudelaire.
Eu estava embrahmando com o Marco Pezão na última 3ª-feira, quando ele sacou, ali no pé do balcão, às vésperas das doze badaladas noturnas, dois ou três poemas do incomparável Charles-Pierre Baudelaire. Gigante da literatura francesa e mundial, em apenas 46 anos de vida Baudelaire deixou uma obra eterna.
A ele, pois. EMBRIAGUEM-SE
Charles Baudelaire
É preciso estar sempre embriagado.
Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê?
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio,
sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto,
a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar,
pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala,
pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão:
"É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Em homenagem aos meus colegas de copo e de cruz, findo esta 6ª-feira brindando-lhes com uma do Baudelaire.
Eu estava embrahmando com o Marco Pezão na última 3ª-feira, quando ele sacou, ali no pé do balcão, às vésperas das doze badaladas noturnas, dois ou três poemas do incomparável Charles-Pierre Baudelaire. Gigante da literatura francesa e mundial, em apenas 46 anos de vida Baudelaire deixou uma obra eterna.
A ele, pois. EMBRIAGUEM-SE
Charles Baudelaire
É preciso estar sempre embriagado.
Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê?
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio,
sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto,
a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar,
pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala,
pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão:
"É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
3 comentários:
Parabéns David, belas palavras, crei que achele exdrulo não entenderá.
Abraços
M.A
Beleza, David
Esse poema está entre os meus preferidos...
Envio uma citação do nosso companheiro de copo e de cruz:
"O homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes"
Grande Baudelaire
Abraço
Marco Pezão
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