quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Coisas que vejo por aí

Fotos: David da Silva - Chácara do Jockey, São Paulo (SP) - 14.dez.2010

Politicamente incorreto – Acima e à esquerda, o casal de pica-pau que flagrei quando saí da sala de trabalho para fumar na tarde molhada da 3ª-feira. Nem aí pros pingos da chuva, os pica-paus metiam gostosamente o bico no tronco.
Esses aí das fotos são da espécie pica-pau-de-cabeça-amarela.
Gaúchos são inusitados em nomear coisas: dão ao lindo pássaro o nome “bico-chã-chã”...
Noutras regiões dos nossos brasís ganham nomes de pica-pau-loiro, cabeça-de-velho, e por aí afora.
É a este bichinho que Monteiro Lobato dedicou seu Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Mas não foi no velho e bom Lobato que pensei ao fazer tais fotos. Foi no meu favorito dos desenhos animados. No super sacana que algumas pedagogazinhas gagás querem proibir porque mister Pica-Pau ensina muitas maldades para as criancinhas. Com coisa que criança é lá flor que se cheire, nénão???







Casal de quero-quero na Chácara do Jockey, no Ferreira,
zona oeste de São Paulo. Foto: David da Silva - 12.dez.2010

Haja coração! – Fico pensando que o coraçãozinho dos pássaros quero-quero são as coisas mais testadas e aprovadas do planeta. Vive sempre pronto pra briga. Bronqueando. Embirrado. Soltando a toda hora a onomatopéia que lhe dá o nome.
Quero-quero só faz ninhos a céu aberto. E o danado ainda tem preferência – vê só! – por gramados de campos de futebol. Quando um intruso se aproxima, arma o berreiro (“téu-téu!”, que soa parecido com “quero-quero!”, numa espécie de “chega pra lá!”).
Valente como poucos, enfrenta até avião!!!
Quando a zoada não surte efeito e algum maldito se aproxima demais, o malandrinho se finge de ferido, pra ver se amolece o coração do invasor...

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