domingo, 11 de agosto de 2013

Passe Livre volta às ruas contra mutretas no transporte

INFÂMIA - Prefeito Haddad (PT-SP) autoriza viações a aumentarem 
quantidade de passageiros por veículo coletivo, leia aqui
As manifestações populares do Movimento Passe Livre (MPL) retomarão as ruas de São Paulo na próxima 4ª-feira, 14 de agosto.
O novo combustível das multidões nos atos públicos, é a recente onda de denúncias de fraudes entre empresas multinacionais com o Metrô e a CPTM (Cia Paulista de Trens Metropolitanos).
No protesto de 4ª-feira no Vale do Anhangabaú, o MPL quer reforçar na consciência coletiva que fraudes em licitações, desvios de verbas, transporte caro e de má qualidade não são casos isolados. “[Esses fatos] demonstram que o transporte é tratado como mercadoria, e não de acordo com as necessidades dos trabalhadores e usuários”, diz o manifesto da convocação.
O grupo tem por principal objetivo o fim da cobrança de passagens no transporte coletivo.

Cagueta internacional
A máfia do transporte público em São Paulo é investigada desde 2009.
Mas o assunto só pegou fogo (como sempre) quando a imprensa divulgou o escândalo.
A empresa Siemens resolveu denunciar suas comparsas, da época quando foi cúmplice nas fraudes das concorrências públicas do Metrô e da CPTM.
Para obter vantagem no processo judicial, a Siemens assinou com o Ministério Público o Acordo de Leniência 01/2013.

Militante entrega carta à população - Foto: Mov. Passe Livre
Ladroagem mundial
Maior conglomerado de engenharia da Europa, a Siemens chegou a pagar 8 milhões de euros (R$ 24,4 milhões em grana de hoje) para dois representantes sindicais de funcionários públicos paulistas envolvidos em fraudes de licitações. A informação é da própria Justiça da Alemanha.
O esquema azedou, mesmo, em setembro de 2001. Naquele mês, a quadrilha de fraudadores se reuniu no escritório da Alstom, que atua na construção e reforma de linhas férreas em São Paulo. Em volta da mesa, ladrões internacionais com crachás de diretores da alemã Siemens, da canadense Boardier, da francesa Alstom, da japonesa Mitsui e da espanhola CAF. Estavam em jogo três lotes de licitações para reformas de trens da CPTM. O bandoleiro da Siemens bateu o pé, e exigiu ficar sozinho com um dos lotes, sem dividir com as empresas comparsas.
Como tudo no mundo do crime, tem sempre o dia em que a casa cai. Alguém mais ambicioso avança no bolso do parceiro de mutretas.
Quem deseja denunciar fraudes em concorrências e assumir um acordo de leniência (confissão de tolerância com o crime), deve ligar para o Chefe de Gabinete da Secretaria de Direito Econômico, no Ministério da Justiça, pelo fone: + 55 61 2025-3786.

ATO PÚBLICO CONTRA AS MÁFIAS DO TRANSPORTE
Dia 14 de agosto (4ª-feira)
Às 15 horas
Vale do Anhangabaú

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