quarta-feira, 1 de julho de 2015

Rapel beneficente é destinado à Associação Músicos do Futuro

Johnny com duas praticantes do rapel na Ponte Metrô Sumaré. Foto: David da Silva – 28.jun.2015
Viaduto Sumaré tem 33 metros de altura
Foto: David da Silva - 28.jun.2015
A Equipe Primatas organizou um evento de rapel no último domingo, 28 de junho, com arrecadação de alimentos a serem distribuídos pela Associação Músicos do Futuro. Ambas as entidades são sediadas em Taboão da Serra. O rapel beneficente aconteceu no Viaduto da Avenida Doutor Arnaldo sobre a Avenida Paulo VI – popularmente conhecido como Ponte do Metrô Sumaré, na cidade de São Paulo. O local é um tradicional ponto de atividades dos rapeleiros na capital paulista.
O organizador do evento, Johnny Deivid, 25 anos, explica que o rapel é uma técnica de descida vertical com utilização de cordas, onde o praticante se desloca de um ponto elevado para um inferior. “No final do século 19 os alpinistas já faziam o rapel no caminho de volta do topo das montanhas. Mas foi a partir do começo do século 20 que esta técnica ficou mais difundida pelos exploradores de cavernas”, ensina Johnny Deivid, mais conhecido como Dom no meio dos praticantes do rapel. Johnny estudou na Associação Músicos do Futuro na adolescência, e é irmão de Denis Porto, atual presidente da instituição. Hoje ele se dedica ao rapel e à profissão de cabeleireiro no bairro Jardim Leme, em Taboão da Serra.
“A iniciativa do Johnny emociona a gente. Pela sensibilidade de unir duas atividades diferentes como o rapel e a música. Com certeza a atitude do Johnny vai estimular outros alunos e ex-alunos nossos a seguirem o seu exemplo, e darem um pouco de si em pról da divulgação e eventuais contribuições para a sustentação da nossa associação”, reflete o maestro Edison Ferreira, presidente-fundador da entidade.

Rapel em escola de Barueri (SP)
Johnny Deivid iniciou no rapel em dezembro de 2008, quando trabalhava na instalação de equipamentos para a prática do arvorismo – deslocamento aéreo de pessoas entre as copas das árvores. Sua Equipe Primatas, que conta com 14 integrantes, atua na organização de acampamentos, turismo ecológico e eventos eco-esportivos. Também ministra treinamentos por meio da recreação com escolas e empresas.
O rapel não se limita ao gosto pela adrenalina. “Também é atividade muito bem remunerada pelo alpinismo industrial. Por lei, um andaime ou plataforma de trabalho não pode exceder 40 metros. Acima desta altura, deve-se usar os serviços dos alpinistas industriais, que usam a nossa técnica com uso de cordas para trabalhos em obras de grandes alturas como instalações de torres para celulares, coberturas de estádios, etc”, indica.
Viaduto Sumaré é tradicional point dos rapeleiros
Até mesmo na agricultura o rapel vem ganhando espaço. No Mato Grosso do Sul trabalhadores em silos e outras unidades de alturas elevadas para armazenagem de grãos estão recebendo este tipo de treinamento. As atividades do rapel são regidas pela NR-35 (Norma Regulamentadora de Trabalho em Altura).

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Foto: David da Silva - 28.jun.2015

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