Zé Sarmento - Foto: Marco Pezão Iadoccico |
Autor só aprendeu a ler aos 14 anos, concluiu o ensino médio depois dos 50 anos, e hoje é graduado em História
Para usar uma memória musical afetiva nordestina, o transcurso do mês de julho para este mês de agosto “ta é danado de bom” para o escritor paraibano Zé Sarmento, morador da região do Campo Limpo, zona sul da cidade de São Paulo. No final do mês passado Sarmento foi destaque em matéria do blog Mural do grupo Folha de São Paulo. Já hoje, terça-feira, 5 de agosto, ele passou a manhã inteira sendo entrevistado pelo telejornal da TV Gazeta. Neste meio tempo, na virada do mês concedeu entrevistas para a Rádio-web Juventude, e ao canal de TV da Câmara Municipal paulistana. Na pauta, seus sete livros lançados, com realce para a trilogia sobre os bairros periféricos Paraisópolis, Jardim Ângela e o Bixiga – este último, apesar de colado à região central, guarda características de sub-habitações típicas dos subúrbios.
Para usar uma memória musical afetiva nordestina, o transcurso do mês de julho para este mês de agosto “ta é danado de bom” para o escritor paraibano Zé Sarmento, morador da região do Campo Limpo, zona sul da cidade de São Paulo. No final do mês passado Sarmento foi destaque em matéria do blog Mural do grupo Folha de São Paulo. Já hoje, terça-feira, 5 de agosto, ele passou a manhã inteira sendo entrevistado pelo telejornal da TV Gazeta. Neste meio tempo, na virada do mês concedeu entrevistas para a Rádio-web Juventude, e ao canal de TV da Câmara Municipal paulistana. Na pauta, seus sete livros lançados, com realce para a trilogia sobre os bairros periféricos Paraisópolis, Jardim Ângela e o Bixiga – este último, apesar de colado à região central, guarda características de sub-habitações típicas dos subúrbios.
Atualmente
com 57 anos, José Marques Sarmento nasceu no agreste da Paraíba, numa família
de nove filhos homens. Boia-fria até os 19 anos, Zé Sarmento não teve tempo de esperar
o seu sertão se cobrir daquela “pelúcia verde e macia” de que fala a escritora
Rachel de Queiroz no romance O Quinze.
Em
São Paulo fez-se técnico cinematográfico, ofício que exerce até hoje na iluminação
de filmes de longa e curta metragens e filmes publicitários.
Trilogia é pauta do Jornal da TV Gazeta |
A
trilogia de Zé Sarmento mistura realidade e fantasia. “Sou um periférico
falando da minha própria periferia, num vôo histórico-ficcional sobre três
áreas de São Paulo, isto é: o centro, o intermediário e o fundão”, diz o autor
que principiou o trio de livros com Paraisópolis
– Caminhos de Vida e Morte, seguido de Bixiga
– Um Cortiço dos Infernos e de Ângela:
um Jardim no Vermelho.
Como
a imensa maioria dos nordestinos de sua geração, Zé Sarmento aprendeu a ler
somente aos 14 anos. Hoje é graduado em História, tendo iniciado a conclusão de
sua vida escolar só depois dos 50 anos pelo programa de Educação de Jovens e
Adultos (EJA).
Pela
vivência sofrida e pelo curso que escolheu, Sarmento quis fixar em livros suas
impressões e conhecimentos.
Casado
e pai de quatro filhos homens, Zé Sarmento é figurinha carimbada nos saraus
literários da periferia. “Onde tiver cultura e arte fervendo, estou dentro”,
diverte-se o escritor enquanto divulga sua obra, totalmente publicada com
recursos do próprio bolso.
Além
da trilogia paulistana, Sarmento tem no mercado editorial os títulos: Um Homem Quase Perfeito; A Revolução dos Corvos; Urbanóides - Um Caos Paulistano; O Sequestro do Negativo Exposto.
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