O autor em sua casa no Jd das Palmas - Foto: TV Globo
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Ninguém pode
explicar com certeza o que passou na cabeça dele naquela hora.
Certo é
sábado a estreia duma peça teatral com base em texto do escritor Tico.
Nos
próximos dias 24 e 25 de outubro, e 21 e 22 de novembro, o CITA (Centro de
Integração de Todas as Artes, no Largo do Campo Limpo, zona sul da capital São
Paulo) vai apresentar As Núpcias do
Escorpião, adaptação do conto homônimo de Francisco Pinto de Campos Neto, o
Tico.
O autor
morreu aos 57 anos de idade vítima de atropelamento no último dia 14 de outubro,
em Taboão da Serra. Há quem diga que ele caminhou resoluto em direção aos
carros na BR-116, às 9h20 da manhã da 4ª-feira passada.
Ninguém
pode explicar o que passou na cabeça dele naquela hora.
Certo é
que Tico deixou dois livros de contos publicados (Elas etc. [lançado em 2006]
e As
Núpcias do Escorpião [2012]), e duas obras inéditas - um romance (Árida Ordenha) e um
espetáculo teatral (Os Filhos do Nosso Ventre). Era dono da escrita mais
vigorosa da zona sul paulistana.
Tico era nascido e criado no bairro Jardim Umarizal, no limite dos municípios de São Paulo, onde vivia, e Taboão da Serra, onde tinha amigos e morou por breve tempo.
Tico era nascido e criado no bairro Jardim Umarizal, no limite dos municípios de São Paulo, onde vivia, e Taboão da Serra, onde tinha amigos e morou por breve tempo.
O que
Tico fazia no lugar onde morreu na 4ª-feira?
Recaída
do vício do álcool e outras drogas das quais o julgávamos recuperado?
Alguma
nova desilusão?
Ninguém
pode explicar com certeza.
Morador
da Rua Jarbas Ribeiro Oliveira, nº. 66, travessa da Estrada dos Mirandas,
Jardim das Palmas, o escritor Tico, ex-morador de ruas, tem sua morada
definitiva na Avenida Lacerda Franco, nº. 2084, travessa da Avenida Lins de
Vasconcelos, no Cemitério Vila Mariana, onde sepultou muita gente na sua
ocupação de coveiro.
Acho
idiota o epíteto coveiro-escritor.
Tico era um escritor que estava por uns tempos literalmente cavando seu
sustento em um cemitério. Nada além.
Como
jogada de marketing, o ofício de coveiro poderia até render (e rendeu) alguma exposição
exótica ao finado escritor. Mas Tico não viajava nesta ideia tosca.
Foi página
de jornalões tipo Folha de São Paulo, em revista da Editora Abril, e reportagens
na TV Globo e TV Record.
Publiquei
matéria sobre Tico em junho de 2014 nesse nosso blog bar&lanches taboão.
Quando
trabalhou no Cemitério da Consolação enterrou burgueses como Ruy Mesquita, dono
do jornal Estadão, a mãe do senador Eduardo Suplicy, e o ator Paulo Goulart.
Mas não gostava dessa fama efêmera.
A sina da caneta
O desejo
de viver de literatura foi sonho de infância.
O “estalo
de Vieira” (súbita miraculosa compreensão de fatos e da capacidade de escrever,
derivada do padre Antonio Vieira, grande escritor e sermonista jesuíta) lhe
veio numa incerta tarde de chuva. Por volta dos 12 ou 13 anos de idade,
impedido por um temporal, Tico não pôde ir à escola. Refém da tarde chuvosa fincou-se
na leitura de uma coletânea de textos de autores famosos tipo Clarice
Lispector, Machado de Assis, José de Alencar, Bernardo Guimarães, e outros. “Senti
que eu também poderia escrever”, relatou.
O filho
de Tico, o agora mestre em Letras Gabriel Alves de Campos, herdou o DNA
literário do pai. Sua dissertação de mestrado na USP teve como tema Cultura na trincheira: literatura marginal e
o chão da fricção.
Por todo
o tempo em que Tico perambulou dormindo nas ruas ou em albergues, perdeu muitas
coisas. Mas jamais largava suas canetas e lápis, blocos de anotações e a boa e
antiga máquina portátil de escrever. Sempre fazia seus textos à mão. Só depois de prontos passava a limpo na máquina. A adesão ao computador ocorreu só nos últimos meses de vida.
Velha infância
Filho de
motorista de ônibus e empregada doméstica, ambos falecidos, uma das lembranças mais carinhosas
que Tico carregou pela vida inteira foi a infância no Jardim Umarizal, região
do Campo Limpo, limite de São Paulo com Taboão da Serra.
“A gente era pobre em
termos materiais, mas não tinha miséria. Éramos ricos em felicidade. Meu avô foi dono de um sítio no Campo Limpo.
Lembro do papagaio e do cachorro. Aquele menino que eu era sempre carreguei
comigo. Era quem me mantinha nos momentos mais difíceis. O menino que eu fui é
quem me dava força”, dizia Tico.
A brecha para o precipício
Há um
hiato na biografia de Tico onde ele, dos 14 anos como office-boy e servente de
pedreiro, vai morar aos 21 anos no bloco F CRUSP ( Centro Residencial da USP).
Um ano depois é admitido no curso de Letras daquela universidade. Neste período
trabalhou como revisor de textos da revista Veja, na Gazeta de Pinheiros e no
jornal Leia Livros. No 3º ano abandonou o curso.
Em 11 de
março de 1984 nasceu seu filho Gabriel. Logo se divorcia, e começa seu périplo
como morador de ruas e albergues. A dependência do álcool e drogas pesadas como
cocaína e LSD são seu calvário.
O sinal
de alerta veio aos 34 anos. Numa crise de abstinência, Tico tomou duas
talagadas de álcool Zulu em copos de requeijão, e saiu pelos botecos, pra continuar
a encher ainda mais a cara. Procurou socorro com seu irmão, que o internou em
uma clínica de recuperação no norte do Paraná. “O chefe da clínica não sabia
nada de dependentes químicos. Cheirou uma ou duas carreiras de pó, e já se
achava. A clínica era bonita. Uma fazenda linda. Mas toda militaresca.
Obrigavam a gente a capinar o tempo todo. Inclusive em um charco cheio de
sanguessugas”, relatou Tico.
Na
madrugada em que fugiu da clínica, Tico vendeu o par de tênis na rodoviária, em
troca da passagem para São Paulo.
De novo
as ruas, a cocaína e a cachaça.
Por mais
de 20 vezes esteve internado em manicômios. O tratamento cruel sempre o
impelia a fugas. “Certa vez fiquei amarrado por 40 horas numa cama. Fazia as
necessidades na roupa. Tinha vertigens e fome e sede. Só muito de vez em quando
enfiavam uma colherada de sopa na minha boca”, lembrava.
Maldade
pura.
A luta
contra a internação de dependentes químicos valeu a Tico o Prêmio Carrano da Luta
Antimanicomial e Direitos Humanos, em 2013, por seu livro As Núpcias do Escorpião.
Os personagens eram alter-egos do próprio escritor em suas vias crucis pelas
clínicas de falsas recuperações.
A promessa das letras
Por
alguns dos desvãos do destino, Tico teve um de seus textos publicados pela
revista Caros Amigos, numa coletânea editada pelo escritor Ferrés. Com a ajuda
de amigos publicou seu primeiro volume, intitulado Elas etc. “Não vendeu
nada”, brincava Tico.
Numa de
suas perambulações, enquanto se amoitava no Parque da Água Branca, zona oeste
da capital São Paulo, encontrou um amigo. “O Luiz, a quem chamávamos ChicoLu,
ficou assustado em me ver naquela situação. Me levou pra casa dele. Eu só tinha
pedido um banho, um rango, e uma noite de dormida. Mas ele me reservou um
quarto na casa dele”, contou Tico. Dois meses depois, ChicoLu propôs comprar um
terreno na divisa do litoral de SP e Rio de Janeiro.
Por um
ano Tico morou no paraíso a que ele chamava Sertão Ubatumirim. Lá, em um
ranchinho rupestre, com fogão de lenha e lamparina, Tico escreveu As
Núpcias de Escorpião. “Cheguei a ficar mais de 20 dias sem escutar voz
humana. Foi importante para eu construir os personagens”.
Neste
entremeio, Tico também fez o prefácio de uma coletânea de autores caiçaras da
região de Parati.
Ciente
de seu potencial literário, Tico desejou um autor para prefaciar seu
novo livro. E foi procurar um tal de Binho, na região do Campo Limpo.
Tico em Taboão da Serra, durante um
Sarau do Binho, no Teatro Clariô
Foto: JC Sena
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Salvo pelo Sarau
“Na
época que procurei o Binho, em 2012, eu já tava de volta a SP. Vesti uma
camiseta melhorzinha, tomei um banho no albergue, e fui falar com ele”, contou
Tico.
Binho
não só aceitou escrever a orelha do livro de Tico, como o acolheu em sua casa
por seis meses.
Além das
sessões de autógrafos em conjunto com uma antologia de frequentadores do Sarau
que leva seu nome, Binho encaminhou Tico para a Agência Solano Trindade,
coletivo que patrocina autores periféricos.
A
tiragem inicial de 500 exemplares saltou para 2 mil cópias, com direito a um
aval de Zé do Caixão, apelido do cineasta José Mojica Marins. “Numa escala em
que só Edgar Allan Poe leva nota 10, eu dou ao Tico nota 8,5” vaticinou o soturno Zé do Caixão.
Bacilo de Bakunin
Numa
incerta tarde do ano 2012, Tico tirava um cochilo em um parque público do
bairro Barra Funda, zona oeste de SP, quando foi acordado pelos vigias. O
parque ia fechar. “Fui ao bebedouro molhar a garganta antes de sair. Enquanto
tomava água vi ao lado do bebedouro um cartaz onde se lia contratação para
motoristas e sepultadores do Serviço Funerário. Pedi R$ 10,00 reais emprestados
do meu filho, e fiz inscrição para o concurso de coveiro”, contou Tico.
No Diário
Oficial do Município de 18 de abril de 2012, sob o registro funcional número
4071/2, Tico tinha uma identidade como servidor público.
Com o
dinheiro doado por amigos, Tico já tinha residência fixa e comprovante de endereço
– frutos do primeiro livro. O Sarau do Binho já estava na retaguarda da nova
fase de vida.
Porém (e
como dizia Plínio Marcos, sempre tem um porém...) Tico não gostava muito de
obedecer ordens.
No
emprego de coveiro, destarte a estabilidade, Tico embirrava com uma mania dos
chefes. Eles não gostavam de ver funcionários parados. Enquanto não tinha
corpos para sepultar, mandavam os coveiros ajudar na limpeza do cemitério. “Varredor
não faz covas, e coveiro não varre”, dizia Tico aos colegas. Era o espírito
anarquista de Bakunin que não dava trégua em suas entranhas.
Se isto
foi a causa de sua transferência do Cemitério da Consolação para o Cemitério
Vila Mariana, não sei.
Na manhã
em que faleceu atropelado, Tico não tinha ido trabalhar.
Como
escritor que conheci aqui na região limítrofe entre Campo Limpo/Taboão da Serra,
Tico era o único que me dava o prazer de recorrer ao dicionário, tão vasto o
seu vocabulário.
Como
intérprete de almas retorcidas, ninguém se iguala a ele.
Tico com o professor Rubens Santos |
O
Coletivo Cinefusão tem pronta uma adaptação cinematográfica de textos do Tico.
O material filmado com o finado autor é tão vasto, que renderá um documentário
de longa-metragem sobre sua vida.
O
professor Rubens Santos foi um dos amigos mais próximos de Tico nos últimos
tempos. “Fui com ele em um seminário no Rio de Janeiro em 2014. Também estive
com o Tico em Itaperuna (RJ) em agosto último. Na Escola Estadual Domingos
Mignoni, Taboão da Serra, no primeiro semestre de 2015 o Tico deu uma palestra
riquíssima para alunos do EJA (educação para jovens e adultos). De todos os que
escrevem sobre a temática da dor da periferia, sem dúvida ele era o mais
qualificado”, lembra Rubens Santos com emoção.
Síndrome de João Antonio
Um dos
maiores ídolos literários do Tico era o escritor e jornalista João Antonio. É
deste autor a recomendação: “A sociedade tem obrigação de proteger o artista
dos seus próprios vícios”.
Leitor
devoto de Dostoievski, Tico gostava de dizer:
"Se
for possível tirar alguma conclusão sobre a morte, é que o fato de termos
consciência do nosso fim é uma razão das mais fortes para apreciar a
Vida."
Ninguém pode
explicar com certeza o que passou na cabeça dele naquela hora.
Certo é
sábado a estreia duma peça teatral com base em texto do escritor Tico.
-- Abaixo do cartaz da peça teatral, leia como humilde brinde deste blog bar & lanches taboão, um dos textos do Tico:
-- Abaixo do cartaz da peça teatral, leia como humilde brinde deste blog bar & lanches taboão, um dos textos do Tico:
A primavera atrás do muro
"Nada tiveste na vida
além de chuva e desejo"
(Lêdo Ivo , O homem e a chuva)
Olhos fincados no chão – a moléstia que o sojigava à
cadeira imobilizava-lhe também tronco e
pescoço –, ele enxergava apenas as sombras das andorinhas riscando a terra do
quintal, e escutava acima dos telhados
um trinado ou outro no céu sem nuvens. Via também a poeira tênue que o vento
rolava pelas suas sandálias. Conquanto ainda sentisse o perfume de alfazema da
enfermeira que costumava conduzi-lo ao pátio, já devia estar ali, só, há algum
tempo – a cabeça branca ardia no calor da tarde. Tentou aprumar o corpo, queria ver os
pássaros – a primavera pressentida. Desejava vislumbrar a estação no céu, nas
árvores, no sol… No entanto, apesar do supremo empenho, logrou apenas soerguer
um nada o olhar e deslizar alguns centímetros a cadeira de rodas, aproximando-a
do muro dos fundos, de tijolos vermelhos, sem reboco, por cujo rombo na altura
do tronco da única árvore ali cultivada – onde mal se distinguiam algumas
letras e um coração recortados a canivete – avistou uma criança brincando do
outro lado. Desde quando era assim, a
felicidade pra lá do muro? A criança riu. Ele tentou decifrar as letras na
árvore. Uma multidão de sombras lépidas
coreografou no solo por instantes e desapareceu. O ladrar de um cão e novos
risos infantis. Voltou a olhar os nomes quase apagados no tronco. Uma sirene a
reboar dentro de si – deterioraram-se as cores do arco-íris. Amores
deslembrados, a primavera de rastros, espectral, os meninos brincando sempre
por detrás do muro – sua solidão, desde quando?
Que fora feito da poesia de antanho, d’antes do
desmoronamento das flores que vira nos lábios da mulher, na tarde distante? –
lágrimas e pó aluindo tudo que é ternura e beleza. Etiologia da evasão da
ventura – a retirada dos armários de
parede da cozinha, encaixotar os livros, desmontar o guarda-roupa, desmoldurar
fotografias, desmanchar a cama, secar o filtro, apagar a luz. E não varrer a
casa – poeira e pranto imperecíveis no chão de sua alma. Caliça indelével, que
nem mesmo o iminente temporal que vinha se armando prestaria jamais para
obliterar.
Soou a sirene anunciando o fim das visitas. Onde a vida
que precedera a demolição das quimeras,
anterior à sirene? – não esta, à outra, carpindo na madrugada, pungentemente
ouvida do interior da ambulância?
Os primeiros
pingos chegaram junto com a enfermeira, cuja presença ele apenas notou pelo
recrudescimento da redolência dos cabelos dela, entretido que estava em
observar a mudança de matiz que as gotas oblongas de chuva iam lentamente
provocando no rubor do muro. Ela já havia manobrado a cadeira e o levava para
dentro, quando ainda pôde-se ouvir alguém chamando o moleque.
– Samuca! Samuca… – gritava remota uma voz feminina.
Ele freou a cadeira e, antes de ser recolhido ao quarto,
pensou ver (longe, bem longe, binóculo com as extremidades invertidas), através
do buraco no muro, como num caleidoscópio, as estações do ano se sucedendo, se
embaralhando, indo, voltando, trazendo e levando gente, lugares, memórias,
dilúculos, naufrágios, idiossincrasias – a insensata órbita da vida ao redor de
seu coração. E deteve-se na doce cena da
mulher iluminada na tarde – imponderável progne de sua existência.
Ela raspava as pernas, sentada no degrau mais baixo da
escada. Perto, como se brincasse de carregar de areia um trator de pau, Samuel
a observava dissimuladamente.
Embora um tanto
avariado, o cabo de madrepérola do pincel brilhava e refletia o sol das três da
tarde, aos movimentos que a mulher fazia para lambuzar de espuma as canelas
submersas na bacia raiada de pátina e carcomida nas bordas pela ferrugem. O
menino via as unhas vermelhas mergulhando na água tépida e as gotas de
alabastro que deslizavam, lentas, coleantes, abrindo caminho por entre as
negras farpinhas de pelos, até inundarem os vãos dos dedos, o tornozelo, os
calcanhares; algumas, entretanto – para ele sempre as mais belas –, trilhando a rota oposta e carregando ínfimas
porções de sabão para a misteriosa zona jamais revelada ao seu olhar.
Às vezes, quando ela corcoveava mais a espinha, uma nesga de teta podia
ser rapidamente vislumbrada sob o penhoar.
A lagartixa que saiu lesta duma moita de folhas secas e
trepou pela taquara que mantinha as roupas suspensas no varal fê-la gritar.
Arrancado daquele alumbramento, o menino levantou-se num pulo e correu para
apanhar o pincel que ela, sem querer, atirara na grama.
Ao entregar-lho, teve suas mãos presas nas dela e o corpo
tomado pelo calor de um olhar novo. Ela fez uma galhofa acerca do buço que
despontava nele e, antes de convidá-lo a ajudá-la na depilação, entreabriu as
coxas, sorriu-se-lhe – desabrocho ecumênico – e perguntou, brejeira, se
ele sabia que estava começando a
primavera.
Mas um trovão quebrou (de novo) o caleidoscópio. A
enfermeira bocejou, pô-lo na cama, fechou a porta e se foi.
Pra cá do muro, ficaram só a chuva, escuridão – e a
sirene, a sirene.
12 comentários:
Nossa que história... Arrepiante, emocionante... Só ele e Deus sabem o que passou na cabeça dele naquela hora de atravessar pela br.
História triste com triste fim. Lamento muito!
Tico eterno conosco!!!
Lindo texto, David.
Tico mestre Eterno! Foi no Sarau do Binho que conheci a majestosa poesia e escrita do Mestre Tico! ele com toda humildade me autorizou a transformar a poesia escrita na poesia Visual! Tico foi para vc que fizemos!!
O grupo Base 4 - estreia "As Nupcias do escorpião" no Cita!
Bjs Eternos ! Jacqueline Venturas
Conheci ele no cemitério da consolação. Quando preparava uma mobilizaçao doa sepultadores do serviço funerario. Depois fiquei sabendo da transferência para vila mariana. Desde que i conheci pareceu de fato diferenciado. Depois fui saber dele através do trabalho de faculdade de uma uma funcionaria do Sindsep. Muito triste este fim. Tico. Presente
Foi um grande prazer conhece-ló vou sempre te-ló na conta de um dos melhores no que fazia....saudades
Igor
irmão do cemitério consolação
Comecei a ler esse texto e não consegui parar, acredito que, quem ouvisse o Tico fazer explanações da vida, iria querer ficar horas conversando com ele... um homem inteligente, com uma vasta história literária e um futuro brilhante como escritor, dá um dó imenso saber que essa pessoa se foi; por que cada pessoa é ímpar no que de melhor sabe fazer. Enfim, que ele esteja em um bom lugar onde a dor não o alcançará mais.
"você pede para que eu entenda isso????"
Não consigo aceitar...parece mais uma piada ou algo parecido.
O Francisco meu amigo morreu e eu ainda não acredito que ele fez isso que dizem:
Tirar a propria vida, é surreal!
FERNANDA CARMO
Aceitar???? não consigo....
Meu amigo morreu, e eu não consigo acreditar que ele tirou sua própria vida.
Sinto muito sua falta.
FERNANDA CARMO
Meu "companheiro" Tico. Assim nos tratávamos, como companheiros! Muita saudades dos tempos de conversa e de tantas risadas sobre os humanos e sua relações... como tantos bons foi embora cedo demais!
Lendo a matéria (mais uma vez) notei como de forma íntegra e bonita contaram um pouco da vida do meu caro amigo Tico. Que ironia do destino! Hoje, depois da privatização do Serviço Funerário de SP, estou trabalhando na Secretaria de Cultura, lugar este, que numa de nossas conversas, você me confidenciou a vontade de trabalhar...que pena dolorosa não estarmos trabalhando juntos novamente...essa vida é realmente um lugar misterioso de se viver. Saudades.
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