sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Moradores reagem a Daniel sobre preço do ônibus; vereadora quer redução da tarifa

Comentários no instagram e vereadora Najara

David da Silva

No dia da sua posse, em 1º de janeiro, o prefeito Daniel Bogalho poupou seu antecessor pela elevação abusiva da tarifa de ônibus: “Não deixo aqui nenhuma crítica ao Aprígio quanto ao aumento da passagem”. A reação das redes sociais foi imediata. “Já entram com o discurso pronto!”, lamentou a corretora de imóveis Sílvia Melo. O reajuste acima da inflação foi decretado pelo ex-prefeito quando Daniel já estava diplomado para o cargo, e entrou em vigor 24 horas depois de assinado.

O novo prefeito chegou a declarar que “R$ 5,80 hoje é complicado, não é uma passagem que condiz com a realidade da população”. Gabriela dos Santos Ribeiro foi prática: “E qual será a sua ação diante dessa situação?”. O chef de cozinha Sandro Silva apimentou o assunto: “Então o que você vai fazer para mudar? Ou só tá dando uma de doido?”.

Para diminuir a fervura, Daniel disse que “meu sonho é ter tarifa zero”. Mas, fora do campo onírico, não apresentou solução.

O internauta Luís Bononi acredita que a nova gestão pode reduzir a tarifa, como fez o ex-prefeito Fernando Fernandes em 2013. “Reavalia e reduz, é simples. Afinal, quem é o prefeito agora?”. Deisy D. Reis faz eco: “Ele é o prefeito, é só mudar a lei”.

Daniel, porém, prefere pegar outro rumo e encompridar a conversa. “Temos que ter muita cautela. Numa próxima entrevista terei mais dados na mão”, disse na solenidade de posse.

A munícipe Alessandra Buenno discorda da vagareza: “Faça alguma coisa, querido. Quem votou em você, votou para melhorar, e não para piorar”.

Teoria da conspiração

Circulou nas redes sociais a hipótese de o novo governo ter articulado com o antigo o aumento da passagem. No instagram, em comentário à fala do prefeito, um perfil com feed zero em nome de Vinícius Martins Santana é um dos fomentadores, com requintes de roteirista e direito a licença poética: “tem gente muito inocente que ainda cai nesse papo. Até parece que isso não é acordo entre eles: ‘Aprígio, tô chegando agora, como você tá saindo aumenta a passagem. Daí o povo vai ficar bravo com você, mas logo esquece’. Situação e oposição são duas asas do mesmo pássaro”.

A postura de Daniel [“Não deixo crítica ao Aprígio quanto ao aumento da passagem”] foi vista como uma segunda assinatura ao decreto do reajuste.

Evasão

Apesar de a tarifa de ônibus em Taboão ser mais cara que em várias capitais do Brasil, a empresa operadora do sistema municipal alega que há linhas com baixa demanda. A munícipe Cláudia Nicoleti desmancha o argumento: “ter que esperar 45 a 50 minutos uma condução. Esse Circular 7.1 á assim. Falam que não tem passageiro suficiente”.

Karen S. Machado esclarece o porquê de algumas linhas rodarem batendo lata: “R$ 5,00 já é muito caro para o Circular. Os ônibus demoram muito para passar, por causa disto, acabamos usando mais os intermunicipais”.


A incipiente vereadora Najara Costa não falou da tarifa do ônibus na sua posse em 1º de janeiro. Mas mantém o assunto aceso nas redes sociais. “R$ 5,80 é absurdo! Queremos redução imediata”, diz ela nos seus posts do instagram, facebook, threads e ex-twitter. Ao elencar os cinco motivos pelos quais qualifica o aumento de absurdo, a parlamentar garante: “levaremos esse debate à Câmara e à Prefeitura. Vamos reivindicar, fiscalizar e pressionar. Queremos mobilidade digna”, diz ao condenar a falta 
do bilhete único e da não integração entre as linhas circulares.

Origem do sistema

O transporte coletivo municipal foi implantado há 32 anos pelo prefeito Armando Andrade. A primeira linha a ser regulamentada foi a Circular 1, oficializada em 23.dez.1992, partindo do bairro Jd São Judas com seis ônibus da empresa Taboão Transportes e Turismo, a popular Taboão TT.

Na mesma data, foi regularizada a linha Circular 2, operada pela empresa Frantur, que em julho/1993 paralisou o serviço.

Em março/1993 foi instalada a linha Circular 4, que hoje é a mais longa, com 18 km de extensão.

Em dezembro do mesmo ano, foi recriada a linha Circular 2 e criadas as linhas 6 e 7, com traçados diferentes dos atuais.

Em 1996, o sistema dos circulares deu um grande salto, com o surgimento de sete novas linhas. Em abril/1997, foi criada a Circular 13, que teve vida curta, extinta em março do ano seguinte.

Atualmente, existem 10 linhas de ônibus circulares monopolizadas pela Viação Fervima/Pirajuçara. No dia 6 de janeiro, o blog bar&lanches taboão pediu à empresa a quantidade de usuários de cada linha; passados quatro dias, não houve resposta.

Solicitamos esses dados à prefeitura por meio da Lei de Acesso à Informação, e aguardamos atendimento.

Planilha de 2019 apontava que naquele ano, quando havia nove linhas, os 124 ônibus da frota circular levaram mais de 1 milhão e 200 mil (1.260.503) pessoas por mês:

CIRCULAR

PASSAGEIROS

FROTA

 2

Leme/Centro

(via Maria Rosa)

207.966

18

 3

Leme/Centro

(via Intercap-Pazini)

90.537

5

4

St Moritz/Centro

(via BR-116)

218.217

20

5

St Moritz/Centro

(via Salete-Piraju)

201.268

18

6

St Moritz/Centro

(via Mª Rosa)

217.951

18

7

Laguna/Centro

(via Mte Alegre)

51.122

5

8

St Moritz/Centro

(via Mª Rosa-Marabá)

81.316

5

9

Indiana/Centro

(via PS Antena)

131.959

17

9.1

Indiana/Centro

(via Novo Record)

60.167

18

FONTE: Arquivo bar&lanches taboão - dezembro/2019

OS PIONEIROS

Arquivo: blog bar& lanches taboão

5 comentários:

Anônimo disse...

No Brasil, políticos são uma corja maligna. Não estão nem aí para a população. Somente pensam em enriquecer e se manter nas mamatas dos cargos públicos. Não boto fé nenhuma nesse prefeito Daniel aí.

Anônimo disse...

População de Taboão se liguem, enquanto as campanhas políticas forem financiadas pela Pirajussara Fervima, não haverá mudanças, como os Prefeitos, poderão falar não aos reajustes, se devem o dinheiro em espécie que pediram para ajudar nas suas campanhas, todo mundo sabe, pois acaba vazando e todo mundo finge que não sabe.

Anônimo disse...

Um município com somente 20 km de extensão territorial nem deveria cobrar a passagem do ônibus Circular.

Mauricio Lourenço disse...

A população tinha no projeto do Aprígio uma proposta de tarifa Zero, não foi o que a maioria dos eleitores escolheram. A maioria esmagadora dos eleitores escolheram a mudança, a mudança veio, né?

Anônimo disse...

Maurício na boa vc foi base de apoio ao Aprígio via PT,um desgoverno q arrasou a cidade,o funcionalismo e vc como funcionário nunca abriu a boca p criticar,vale lembrar q vc fez parte dos governos q mais perseguiram os funcionários, Aprígio e o lixo do Evilásio,vc, Wagner q foi eleito às custas do funcionário,sempre criticaram Fernando e agora vão criticar Daniel,a propósito como anda o atentado mandrake contra o Aprígio?